A convite da Mesa Executiva, representantes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) participaram da sessão ordinária desta quinta-feira (27) da Câmara Municipal de Londrina para prestar esclarecimentos sobre reclamações de consumidores a respeito de gosto de barro na água recebida.
O gerente-geral da Região Nordeste da Sanepar, Rafael Malaguido, explicou que, em um universo de mais de 205 mil ligações de água existentes em Londrina, houve 14 reclamações à empresa, nos últimos dias, relacionadas ao gosto da água. Ele explicou que o período de estiagem contribuiu para a proliferação de algas no Rio Tibagi que, segundo ele, não são tóxicas, mas alteram o sabor. "Algumas pessoas nos disseram sentir gosto de barro. Temos um nível de 1 a 6 para análise desta água. Algumas nos apontaram nível 1, que é um nível baixíssimo. O cidadão tem de ter paladar aguçado para sentir a diferença no sabor da água", argumentou.
Antonio Gil Gameiro, gerente de produção da Sanepar em Londrina, explicou que a companhia fornece 240 milhões de litros de água por dia na cidade e que, após a identificação do problema, iniciou-se a aplicação de carvão ativado, medida que, segundo ele, reduz o gosto de barro. Gameiro também destacou que a empresa controla a qualidade da água a cada hora e que as algas não causam riscos à saúde do consumidor. "Todas as análises que a gente faz ao longo do processo, todos os dias, faz com que a água que está passando tenha uma análise completa. Essas análises servem de amostragem e são avaliadas e aferidas pela Vigilância Sanitária, que nos atesta a qualidade que a gente está fornecendo para a população", garante.
O presidente da Câmara, vereador Ailton Nantes (PP), afirma que o convite à direção da Sanepar foi feito após cobrança de moradores da cidade, preocupados com possíveis malefícios à saúde. "Fizemos questão de eles virem porque os vereadores são questionados também. Nossa preocupação é justamente trazer a resposta para os vereadores, para que eles levem os esclarecimentos para as suas comunidades, explicando que não há problema. Precisávamos ouvir isso deles, com uma apresentação técnica, como fizeram aqui", concluiu.
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